quinta-feira, novembro 15, 2007

Acção de desobediência civil contra cultivo transgénico em Silves


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A acção do Movimento Verde Eufémia em Silves, no passado dia 17 de Agosto, trouxe a atenção para o problema do cultivo de transgénicos na agricultura portuguesa. Contudo, de uma forma geral, a comunicação social apresentou apenas uma perspectiva parcial desta acção política, classificando-a como um acto de violência e vandalismo perante um agricultor indefeso.

2 meses passados sobre a primeira acção de desobediência civil contra os transgénicos em Portugal, um vídeo da acção é publicado na internet, com novas imagens sobre a acção que mostram uma acção não-violenta e simbólica, que não afectou a subsistência do empresário agrícola José Menezes.A acção do Movimento Verde Eufémia em Silves, no passado dia 17 de Agosto, trouxe a atenção para o problema do cultivo de transgénicos na agricultura portuguesa. Contudo, de uma forma geral, a comunicação social apresentou apenas uma perspectiva parcial desta acção política, classificando-a como um acto de violência e vandalismo perante um agricultor indefeso.

2 meses passados sobre a primeira acção de desobediência civil contra os transgénicos em Portugal, um vídeo da acção é publicado na internet, com novas imagens sobre a acção que mostram uma acção não-violenta e simbólica, que não afectou a subsistência do empresário agrícola José Menezes.
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quarta-feira, novembro 14, 2007

OBSESSÃO DO DÉFICE, FAZ ESTAGNAR A ECONOMIA

Do Público, de hoje (10/11/07):
«A Comissão Europeia validou ontem o valor de 3 por cento do PIB previsto pelo Governo para o défice orçamental deste ano, mas o seu prognóstico para 2008, no valor de 2,6 por cento, está duas décimas acima do de Lisboa. Estes dados constam das previsões económicas semestrais ontem divulgadas pela Comissão Europeia que apontam para um crescimento da economia portuguesa de 1,8 por cento este ano, o pior resultado dos Vinte e Sete. Em 2008, a actividde deverá crescer 2 por cento, tornando-se no segundo pior resultado da UE, a seguir à Itália.
Os valores para Portugal são exactamente os mesmos que tinham sido avançados pela Comissão nas suas previsões de Maio passado, mantendo-se, como acontece desde o início da década, abaixo do crescimento médio europeu.» [...]

Comentário:

De facto, é impossível que o desenvolvimento da economia se baseie em congelamento dos salários ou numa subida dos salários bem abaixo da inflação real. Com efeito, apenas o consumo popular pode sustentar o mercado interno, mercado esse para o qual estão viradas as micro, pequenas e médias empresas portuguesas, na sua imensa maioria. Se se fizer uma correlação entre os sectores produtivos virados para a exportação e a sua mão de obra respectiva, vê-se claramente que as super-grandes empresas são responsáveis pela maioria das divisas obtidas pela exportação mas por um número modesto de empregos(Auto-Europa, Galp, etc.)e que a imensa maioria das empresas está principalmente virada para o mercado interno.
Para as pessoas comuns, este facto é fácil de constatar e muitas já o fizeram.
Então surge a questão: por que motivo se insiste neste modelo, que nem é o mais propício para os lucros de uma fatia considerável da burguesia portuguesa?

Uma hipótese é de que o modelo português de capitalismo atrasado, retrógado, só pode sobreviver à custa de compressão salarial, de uma repressão/punição económica sobre os mais fracos.
As consequências são óbvias.
- Portugal torna-se (de novo) uma espécie de reserva de mão de obra barata, destinada à emigração, principalmente no espaço europeu.
O saldo migratório inverteu-se, desde o ano passado: o número de saídas para trabalhar no estrangeiro superou o número de estrangeiros que vêm trabalhar para o país.
Cinquenta mil licenciados portugueses trabalham neste momento no estrangeiro, ou seja, um terço do total de docentes do ensino básico e secundário (aproximadamente 150 mil). Isto vem contradizer a imagem de que o emigrante português é alguém com poucas habilitações e que vai ocupar postos de trabalho manuais.

-As empresas estrangeiras vão continuar a investir em Portugal, mas porque a predação capitalista está aqui facilitada, na sobre-exploração da mão de obra, num país onde os salários mínimos e médios são escandalosamente abaixo da média dos países da Europa (respectivamente, 400 e 650 €, contra 700 € e 1100 €).

-A rentabilidade da produção e serviços virada para o mercado interno vai continuar a ser problemática, daí que o modelo de economia para exportação, sobretudo géneros agrícolas e turismo, vai acentuar-se.

Afinal, trata-se de um tipo de economia neocolonialista, sendo os governantes portugueses encarregues de fazer com que ele funcione dentro dos parâmetros fixados, «na Europa», pelo grande capital financeiro e industrial.

Manuel Baptista
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