segunda-feira, setembro 26, 2005

Sabedoria Indiana

QUANDO A ULTIMA ARVORE ESTIVER MORTA
QUANDO O ULTIMO FRUTO FOR RADIOACTIVO
QUANDO O ULTIMO RIO ESTIVER POLUIDO
QUANDO A ULTIMA ESPIGA DE TRIGO SAIR DE UM LABORATORIO
ENTAO TALVEZ AS PESSOAS COMPREENDAM QUE O DINHEIRO NAO SE COME
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sábado, setembro 24, 2005

Cerveja made in Open Source!

Um movimento de defensores de open source resolveu transpor o conceito da informática para a vida real. O projecto inicial consiste na produçao de cerveja sem direito proprietário.


Um grupo de estudantes de Informaçao e Tecnologia da Universidade de Copenhaga está a desenvolver a primeira fórmula de cerveja open source. Estes alunos resolveram apelidar o sistema de 'Vores oel', que significa 'a nossa cerveja', e até agora parece estar a ganhar cada vez mais adeptos.
O conceito de cerveja open source foi inspirado no movimento de software com o mesmo nome, que designa uma aplicaçao cujo código fonte é aberto e partilhado com os utilizadores.
Da mesma forma, os apreciadores da conhecida bebida dinamarquesa decidiram alterar o conceito de 'cerveja proprietária' e torná-la num formato 'aberto'. O mentor desta ideia, que também é professor na referida instituiçao de ensino, perguntou uma vez aos seus alunos: 'Porque nao aplicar o open source ao mundo quotidiano?'. 'Porque nao levamos estas ideias para o velho mundo e tentamos aplicá-las a outras coisas também?', questionou o mesmo em entrevista ? BBC.

A cerveja foi ent?o escolhida por ser algo que suscita a curiosidade de toda a gente. Para iniciar o projecto, os estudantes procuraram saber como se fabrica a cerveja, juntaram os ingredientes necessários e assim nasceram os primeiros cem litros da 'Nossa cerveja, vers?o 1.0'. Como em todos os programas de computador, esta espécie de vers?o beta nao é tao suave e agradável como a tipíca bebida alcoólica. No entanto, este é o modelo base que será melhorado até chegar ao produto final.

Como forma de garantir, de algum modo, os direitos legais sobre a autoria deste projecto, foi adoptada por estes alunos a licença de Creative Commons, o que implica que caso alguém altere a cerveja e a melhore terá que partilhar o resultado final com a restante comunidade.

A ideia está a ter grande sucesso em várias partes do mundo e o seu mentor só pensa agora em usar o sistema noutras componentes da 'vida real', como o próprio refere. Ao finalizar a entrevista `a BBC, o mesmo questiona porque razao os laboratórios dos países desenvolvidos nao usam esta ideia para fabricar os medicamentos de combate `a SIDA?

Fonte: http://ciberia.aeiou.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=id.stories/3103
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quarta-feira, setembro 21, 2005

Sondagem confirma descrença no sistema político



Uma sondagem realizada pela Gallup confirmou a descrença dos cidad?os nos actuais sistemas políticos demoliberais. Das mais de 50 mil pessoas inquiridas em 68 países, cerca de 65% considera que o seu país n?o é governado pela vontade popular. Apenas 13% das pessoas entrevistadas afirmaram a sua crença nos estados que as governam.

Os resultados deste estudo, n?o constituindo uma grande novidade, confirmam o sentimento de injustiça perante um sistema imperial, em que a assimetria de poder é uma sua pedra basilar. Enquanto as nossas sociedades apresentarem a divis?o entre um conjunto de elites, minoritárias e com interesses heterógeneos, e as massas populacionais, formadas por pessoas isoladas, n?o podemos falar de democracia, mas sim em oligarquias legitimadas por actos eleitorais, sem qualquer continuidade.

A condiç?o democrática exige n?o só o alargamento da liberdade de acç?o a todos os níveis - político, social e económico - , mas que todas as pessoas possuam a estabilidade material necessária ao exercício da sua cidadania.
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terça-feira, setembro 20, 2005

Os nossos queridos campos de golfe!


O Algarve está a desertificar. A seca extrema que se tem feito sentir p?e ainda mais em evid?ncia o drama da diminuiç?o e salinizaç?o dos cursos de água subterrânea e traz ? discuss?o a problemática oposiç?o dos interesses na proliferaç?o de campos de golfe por parte da indústria da hotelaria e do turismo, contra os interesses ambientais, agrícolas e da populaç?o residente.

No final de 2003, existiam já cerca de 25 campos de golfe na Bacia Hidrográfica do Algarve. Existiam pedidos de licenciamento para a implementaç?o de mais 33, localizados preferencialmente no litoral, 11 dos quais no concelho de Loulé. Actualmente, a maioria desses campos de golfe é abastecida por águas subterrâneas, o que implica a abertura de um furo, o esvaziamento do lençol de água e a possibilidade de contaminaç?o da mesma, directamente através do furo ou das infiltraç?es na zona circundante.

O processo de salinizaç?o de alguns dos aquíferos, bem como as falhas de captaç?o, nomeadamente na albufeira do Arade, devido ? sucess?o de anos de seca, desenham um panorama preocupante para a agricultura e para a qualidade de vida ambiental e da populaç?o da zona, n?o directamente participante nos lucros de empresas relacionadas com o turismo e a hotelaria; e obriga a encarar alternativas, caras para os investidores, recorrendo a águas residuais tratadas ou a água proveniente de desalinizadoras de água salobra ou do mar.

Segundo a análise dum modelo para a gest?o dos recursos hídricos aplicado ? zona, restam tr?s opç?es possíveis para os responsáveis pela sua gest?o na regi?o, cada qual com consequ?ncias bem diferentes para o ambiente e a agricultura e para a indústria do turismo:

Opç?o 1: Permitir sem restriç?es que todos os campos de golfe considerados (31, na altura) sejam ligados aos aquíferos correspondentes ? sua zona de implantaç?o, com os custos de 7500 euros para o furo de 150 metros de profundidade e 150 euros para o sistema de rega por aspers?o.

Opç?o 2: dos 31 campos de golfe a implementar, 7 ser?o ligados a aquíferos, 4 ser?o ligados a estaç?es de tratamento de águas residuais (ETAR’s) (custo estimado em 75 euros/m3 dia para uma área de 46 ha por campo) e os restantes (20) ser?o ligados a desalinizadoras de água do mar ou de água salobra, a preços que v?o desde os 18 M euros pelas instalaç?es para 8 campos.

Opç?o 3 – N?o ser?o permitidos, no futuro, quaisquer campos de golfe novos.

Para uma regi?o que vive em grande parte da mola impulsionadora do turismo, o argumento de que o Golfe dá emprego e traz riquezas que se espelham no resto da indústria da hotelaria torna-se fácilmente num apaziguador de consci?ncias. Mas de facto a água está a desaparecer e por muito alto que falem toda a riqueza que o turismo possa proporcionar a alguns ou os custos das medidas suavizantes do impacto ambiental aos mesmos, devem ser contrapesados com a exorbitante factura de desertificar uma regi?o, torná-la dependente do exterior para o abastecimento de água e alimentos, obrigar as culturas tradicionais ? extinç?o e os agricultores ? mudança de profiss?o e tudo isto apenas por algumas décadas de lucro dos empresários. Seremos mesmo incapazes de pensar primeiro nas pessoas e no ambiente e depois no capital?
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terça-feira, setembro 06, 2005

Uma declaraç?o de anarquista do sul dos E.U.A. sobre o desastre da Costa do Golfo


Cerca de 20.000 pessoas foram abandonadas no Centro de Congressos de Nova
Orleans, sem recursos e sem esquemas de salvamento antecipado. No mesmo
momento, as unidades da Guarda Nacional equipadas com pistolas
metralhadoras e com armaduras impedem as pessoas de retirar o alimento
necessário de lugares onde ele iria se estragar e chamam a isso “guerra
urbana”. Sob o capitalismo, n?o existem desastres “naturais”; os desastres
horríveis e inevitáveis s?o exacerbados pela actuaç?o criminosa da classe
no poder. S?o exemplo disso: a fome causada na Irlanda pelo escaravelho da
batata no século XIX, e a fome causada na Somália no século XX, em que a
comida era retirada por países como a Gr?-Bretanha e os EUA , em vez de
serem utilizadas para salvar a populaç?o faminta; os desastres mais
recentes do furac?o no Haiti pouco tempo depois do governo dos EUA terem
derrubado o único governo que poderia ter distribuído alguma ajuda ?
populaç?o e substituí-o por uma junta militar; o tsunami de Dezembro
passado, cujas consequ?ncias foram ainda piores pelo domínio desde há anos
que o FMI e o Banco Mundial exerciam na regi?o e resultou em severo
sub-desenvolvimento; e agora a situaç?o na Costa do Golfo.
Como é que a classe no poder contribuiu para este desastre? Tendo pleno
conhecimento de que esta era a estaç?o devastadora das tempestades e
furac?es, escolheram afundar no pântano do Iraque os 79 milh?es de dólares
destinados a reparar o sistema de diques antiquado. Além disso, embora
soubessem de antem?o que o furac?o seria pelo menos de categoria 4, e que
o sistema de diques n?o poderia suportar mais do que um de categoria 3, a
classe no poder n?o investiu quaisquer recursos sérios em evacuar a cidade
de Nova Orleans e cercanias ? medida que a tempestade se aproximava (e os
políticos ricaços t?m a sem-vergonha de acusar as pessoas da classe
trabalhadora de terem ficado despreocupadas na cidade)! Como referimos, a
sua primeira prioridade foi de mobilizar unidades da guarda nacional,
pesadamente armadas, que disparam sobre pessoas que est?o meramente a
tentar obter comida, em vez de trazer a ajuda necessária a cerca de 20.000
pessoas esfomeadas, no Centro de Congressos, que ir?o morrer se nada for
feito (para n?o falar de outras pessoas em situaç?es semelhantes
espalhadas pela cidade). Os políticos continuam a mentir numa tentativa
desesperada de salvar as suas carreiras, tornando cada vez mais claro que
n?o se preocupam com as vidas das pessoas que abandonaram.
Contrastam com aqueles as gentes comuns que, aos milhares, abriram as suas
portas aos sobreviventes num gesto impressionante de solidariedade e de
compaix?o. Apesar do Estado apresentar-se como justificando a sua própria
exist?ncia no seu papel de fornecer auxílio em caso de necessidade,
mostrou de novo como as características do capitalismo interferem com a
sua capacidade de fornecer um auxílio de qualquer natureza. A
impressionante demonstraç?o de ajuda mutua por parte do povo, confirma o
argumento anarquista de que as pessoas podem realmente desenvolver uma
sociedade sem estado, baseada no princípio “de cada um de acordo com as
capacidades, para cada um de acordo com as necessidades”. Esperamos que
esta sociedade se irá tornar uma realidade um dia mas, para já, declaramos
a nossa solidariedade com aqueles que foram abandonados e, com a esperança
de outros se juntem a nós, fazemos as seguintes reivindicaç?es:

· Que o governo disponha imediatamente dos recursos necessários, tais como
transporte e abrigo, em ordem a evacuar as pessoas da cidade e garantir
que tenham instalaç?es apropriadas até que seja possível regressarem aos
seus lares ou instalarem-se noutros.
· Fim imediato aos ataques das unidades da guarda nacional e da polícia
que atacam quem procura comida.
· Distribuiç?o imediata de TODOS os bens necessários (água, comida, roupa,
etc.) durante o processo de evacuaç?o.
· Renúncia/demiss?o imediata e puniç?o de todos os decisores que
negligenciaram a responsabilidade de reparar os diques ou de coordenar a
evacuaç?o da cidade enquanto isso era possível, ou s?o responsáveis pelas
unidades da polícia e guarda nacional atacarem quem “rouba” bens
necessários.
· N?o condenaç?o para quaisquer que foram presos enquanto “roubavam”
comida ou outro bem de primeira necessidade.
· Fim ? oscilaç?o do preço da gasolina que está afectar por todo o país as
pessoas da classe operária, fixando os preços, se necessário.
· Auxílio adequado a todas as pessoas que desejam reconstruir as casas
destruídas em consequ?ncia da neglig?ncia dos políticos capitalistas.

Solidariedade com as vítimas do desastre da Costa do Golfo! Solidariedade
com aqueles que permanecem numa situaç?o precária meses após o desastre do
tsunami! Solidariedade para todos pelo mundo fora que perderam a família
ou permanecem em campos de refugiados devido aos desastres que a classe no
poder amplifica ou com as guerras que fabrica!

The Capital Terminus Collective
(Atlanta, GA)
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Comunidade Portuguesa de Ambientalistas
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